Siparunaceae

Siparuna brasiliensis (Spreng.) A.DC.

LC

EOO:

1.346.246,817 Km2

AOO:

1.464,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Peixoto et al., 2022), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Almadina, Arataca, Boa Nova, Formosa do Rio Preto e Macarani —, no Distrito Federal — nos municípios Brasília —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Conceição do Castelo, Guarapari, Ibitirama, Iúna, Marechal Floriano, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante —, no estado de Goiás — nos municípios Abadiânia, Alto Paraíso de Goiás, Anápolis, Caiapônia, Catalão, Cocalzinho de Goiás, Colinas do Sul, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Jataí, Luziânia, Minaçu, Montividiu, Mossâmedes, Pirenópolis, Planaltina, Senador Canedo e Serranópolis —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Aiuruoca, Alfenas, Alto Caparaó, Antônio Carlos, Araponga, Baependi, Bandeira, Barbacena, Barroso, Belo Horizonte, Belo Vale, Boa Esperança, Bom Jardim de Minas, Brumadinho, Bueno Brandão, Caeté, Camanducaia, Capitólio, Carandaí, Carangola, Carmo da Cachoeira, Carmópolis de Minas, Carrancas, Catas Altas, Chácara, Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Coronel Pacheco, Cristina, Delfim Moreira, Descoberto, Dionísio, Dores do Turvo, Entre Rios de Minas, Ewbank da Câmara, Extrema, Faria Lemos, Fervedouro, Ibiá, Igarapé, Inconfidentes, Itabirito, Juiz de Fora, Lagoa Santa, Lavras, Lima Duarte, Mariana, Monte Belo, Nova Lima, Nova União, Ouro Fino, Ouro Preto, Patos de Minas, Patrocínio, Pedralva, Perdizes, Piedade do Rio Grande, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Prados, Rio Acima, Rio Paranaíba, Ritápolis, Sacramento, Santa Bárbara, Santa Maria do Salto, Santana do Riacho, Santo Antônio do Amparo, Santos Dumont, São Brás do Suaçuí, São Roque de Minas, Teófilo Otoni, Tombos, Uberaba, Uberlândia e Viçosa —, Rio De Janeiro — nos municípios Angra dos Reis, Bom Jardim, Cachoeiras de Macacu, Engenheiro Paulo de Frontin, Guapimirim, Itatiaia, Macaé, Magé, Mangaratiba, Mendes, Miguel Pereira, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paraty, Paty do Alferes, Petrópolis, Resende, Rio Bonito, Rio Claro, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, Silva Jardim e Teresópolis —, e no estado de São Paulo — nos municípios Águas de Lindóia, Agudos, Angatuba, Araraquara, Assis, Atibaia, Avaré, Bananal, Batatais, Bofete, Boraceia, Botucatu, Bragança Paulista, Brotas, Buritizal, Campinas, Campos do Jordão, Cananéia, Caraguatatuba, Cássia dos Coqueiros, Cubatão, Cunha, Franco da Rocha, Guarujá, Ilhabela, Itanhaém, Itu, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Moji das Cruzes, Monte Mór, Nazaré Paulista, Paraibuna, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Piracaia, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, Salesópolis, Santo André, Santo Antônio da Alegria, São Bernardo do Campo, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Barreiro, São Manoel, São Paulo, São Sebastião, São Vicente, Sarapuí, Sorocaba, Ubatuba e Várzea Paulista.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Arbustos a árvore com até 7 m de altura, endêmica do Brasil, ocorre no Cerrado e Mata Atlântica, em fitofisionomias de Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila. Apresenta um extenso EOO, igual a 1010265km² e mais de 10 localizações condicionadas a ameaças. Adicionalmente, vários registros foram documentados em Unidades de Conservação de proteção integral. Somado a isto, não foram documentados declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, a espécie foi considerada como Menos Preocupante (LC) neste momento, demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

Transcorridos mais de 5 anos após a última avaliação da espécie.

Houve mudança de categoria: Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Prodr. 16(2): 656, 1868. Popularmente conhecida como capim-limão, abricó de macaco, limo do matto, limãozinho, limoeiro-bravo, negamina e negra-mina (Renner e Hausner, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Siparuna brasiliensis é difundida no sudeste do Brasil desde o nível do mar até 1600m de altitude (Renner e Hausner, 2005).
Referências:
  1. Renner, S.S., Hausner, G., 2005. Siparunaceae. Flora Neotrop. 95, 1–247.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: bush, tree
Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane Forest
Detalhes: Arbustos a árvore com até 7 m de altura (Renner e Hausner, 2005). Ocorre no Cerrado e Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila (Peixoto et al., 2022).
Referências:
  1. Peixoto, A.L., Lirio, E.J., Pignal, M., 2022. Siparunaceae. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB14545 (acesso em 23 de maio de 2022)
  2. Renner, S.S., Hausner, G., 2005. Siparunaceae. Flora Neotrop. 95, 1–247.

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional (Pougy et al., 2015).
Referências:
  1. Pougy, N., Verdi, M., Martins, E., Loyola, R., Martinelli, G. (Orgs.), 2015. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada de extinção da Serra do Espinhaço Meridional. CNCFlora: Jardim Botânico do Rio de Janeiro: Laboratório de Biogeografia da Conservação: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 100 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Sacramento - 15 (MG), Território Campinas - 18 (SP, MG), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Itororó - 35 (BA, MG), Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (SP), Território Formosa - 9 (GO), Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES, MG), Território São João del Rei - 29 (MG), Território Vale do Paraíba - 30 (RJ).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Água Santa de Minas, Área de Proteção Ambiental Bacia do Paraíba do Sul, Área de Proteção Ambiental Campos do Jordão, Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá - Perímetro Botucatu, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João - Mico Leão, Área de Proteção Ambiental da Bacia dos Ribeirões do Gama e Cabeça de Veado, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, Área de Proteção Ambiental de Palmares -Área de Proteção Ambiental Palmares, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental de Tamoios, Área de Proteção Ambiental de Tinguá, Área de Proteção Ambiental do Alto Iguaçu, Área de Proteção Ambiental do Lago Paranoá, Área de Proteção Ambiental do Planalto Central, Área de Proteção Ambiental do Rio Guandu, Área de Proteção Ambiental do Rio Preto, Área de Proteção Ambiental dos Pireneus, Área de Proteção Ambiental Fernão Dias, Área de Proteção Ambiental Jundiaí, Área de Proteção Ambiental Lagoa Encantada, Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira, Área de Proteção Ambiental Municipal do Monte Mochuara, Área de Proteção Ambiental Piracicaba Juquerí-Mirim Área II, Área de Proteção Ambiental Pouso Alto, Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira, Área de Proteção Ambiental Sistema Cantareira, Área de Proteção Ambiental Sul-Rmbh, Área de Proteção Ambiental Suruí, Área de Relevante Interesse Ecológica Capetinga/Taquara, Estação Ecológica Bananal, Estação Ecológica de Águas Emendadas, Estação Ecológica de Avaré, Estação Ecológica do Jardim Botânico, Floresta Estadual do Uaimii, Parque Estadual Cunhambebe, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual de Ilhabela, Parque Estadual do Desengano, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Parque Nacional da Serra da Canastra, Parque Nacional da Serra das Lontras, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Parque Nacional de Boa Nova, Parque Nacional de Brasília, Parque Nacional de Caparaó, Parque Nacional do Itatiaia, Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, Refúgio de Vida Silvestre Palmares, Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José, Refúgio Estadual de Vida Silvestre Mata dos Muriquis, Reserva Biológica Augusto Ruschi, Reserva Biológica do Tinguá, Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul, Reserva Biológica União, Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável Concha D´Ostra, Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata do Passarinho, Reserva Particular do Patrimônio Natural Rildo de Oliveira Gomes I e Reserva Particular do Patrimônio Natural Vale do Sol.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
3. Medicine - human and veterinary natural whole plant
A casca contém safrol. É usado como sudorífico e, ocasionalmente, como abortivo. As folhas são sedativas e estomacais. Eles são usados no tratamento de bronquite, tosse seca, laringite, dispepsia, problemas gástricos. A planta está incluída na primeira farmacopeia do Brasil que recomenda extratos de folhas desta como chá ou tintura (em álcool). A planta contém vários alcalóides, especialmente aporfinas e particularmente liriodenina. A liriodenina tem demonstrado atuar como sedativo no sistema nervoso central, e sua presença nas folhas desta espécie pode ser responsável pelo seu uso em chás considerados medicamentos anti-tosse (Tropical Plants Database, 2022).
Referências:
  1. Tropical Plants Database, 2022. Siparuna brasiliensis (Spreng.) A.DC. Ken Fern, tropical.theferns.info. URL tropical.theferns.info/viewtropical.php?id=Siparuna+brasiliensis (acesso em 29 de agosto de 2022).